quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Apaixonante.

Eu já cansei de falar nesse blog sobre as coisas que amo. Fico pensando que um dia todos vão acabar enjoando de mim. Principalmente quando-eu-invoco-de-falar-do-mesmo-assunto-posts-a-fio. Eu penso mesmo, acreditem. Mas eu nunca consigo me conter. Porque quando eu estou apaixonada por alguma coisa, eu falo disso. E falo disso. E falo, e falo, sem cansar! E escrevo. Escrevo e deixo as palavras fluírem, sem pensar muito à respeito. Os posts saem muitas vezes enormes e mega empolgados, ou contidos e claramente encantados. O que não muda é o brilho que eu tenho nos olhos enquanto os escrevo. E o brilho ainda maior quando chego aqui e vejo o que as pessoas têm para dizer de volta.

Outro dia sintetizei tudo o que eu penso sobre paixão. E ultimamente ando lendo as pessoas falando que a minha paixão ao escrever sobre as coisas que amo transborda. E que isso as contagia. E eu fico encantada. Quer dizer, eu gosto muito de escrever sobre o que eu amo. E as pessoas ainda por cima gostam de ler essas coisas! Impressionante!

E isso, o que é? Apaixonante. No mínimo.

Hoje é dia 31 de agosto, e eu estou fazendo um post de #BlogDay completamente torto. Não vou fazer indicações. Vou fazer uma declaração. E um agradecimento. A tudo. A todos. A nós.

Quando eu cliquei em criar um blog eu não tinha noção do universo que eu ia conhecer. Muito menos que tinham tantos universos particulares dentro de algo tão grande. Por causa do blog eu conheci pessoas, conheci histórias, conheci dores, e paixões. Conheci ainda mais algumas pessoas que eu já conhecia pessoalmente. Já chorei enquanto escrevia. Já chorei enquanto lia posts dos outros blogs. Já chorei enquanto escrevia comentários neles. Já chorei quando li comentários deixados no meu. Mas já sorri MUITO fazendo tudo  isso também.

Então a essa hora, nesse finalzinho de #BlogDay, eu estou tentando colocar em palavras a felicidade que eu sinto em ter motivos para comemorar esse dia. Em ter tantas pessoas para cumprimentar pela data que tive que dividir em vários tweets, e ainda assim, tenho certeza que esqueci de alguém. Fico feliz por ter quem abraçar mentalmente nesse dia, enquanto torço para que um dia consiga abraçar todas pessoalmente. Fico feliz por ter pessoas com quem contar a qualquer momento. Pessoas pra quem eu posso escrever cartas, mandar mensagens, DM’s, e-mails, ou simplesmente escrever um post e saber que elas vão ler e vão sentir um pouquinho do que eu sinto, seja quando estou radiante ou quando estou chateada. Pessoas que, ao invés de cansar de mim, entram em sintonia comigo quando eu resolvo mergulhar em algo e falar só sobre isso. Não sei se deveria tocar nesse assunto de novo, mas é que ele foi um marco pra mim! Os posts que eu fiz sobre o teatro mexeram comigo. Porque eu estava completamente mexida com aquilo. E consegui mexer com vocês. E quando eu achava que ninguém mais ia ler o próximo, mais pessoas apareciam pra dizer que estavam esperando ansiosas por mais relatos, fotos, histórias. Ter tanta gente sonhando junto com um momento tão especial foi incrível pra mim. E é incrível poder sonhar junto com tantos momentos tão especiais de tantas pessoas queridas!

Fiquei maravilhada também com a quantidade de gente que comentou no post sobre a Florbela Espanca, dizendo que não a conhece, ou que não gosta muito de poesia, mas ficou com vontade de ler pela empolgação com a qual eu falei. E a intenção era mesmo só dizer que eu estava apaixonada, e não fazer propaganda. Afinal, quem sou eu pra me achar digna de fazer propaganda de Florbela, alguém que é tão, tão maior. Fiquei feliz de perceber que as pessoas vem aqui, param para ler o que eu escrevo, e ainda me levam a sério, cogitando a hipótese de ler poesia sem gostar disso só pelo fato de eu ter falado com tanta empolgação da minha poetisa preferida.

Enfim. Além de me declarar e agradecer a tudo isso, eu queria só dizer que se tem gente que ainda acha que a internet é um perigo gigante, e que as pessoas do outro lado da tela não existem e são sempre uma roubada, não sabe o que está perdendo.

E é com um sorriso no rosto, e pensando em mais uma das minhas grandes paixões, a blogosfera, que eu desejo um feliz #BlogDay para todos nós, declaro a alegria que eu sinto em acompanhar tanta gente apaixonante, e agradeço por me permitirem fazer parte de tanta coisa especial.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Sobre lendas e Curitiba.

Semestre passado tinha aula de psicologia no teatro. E aí eu lembro de uma vez que comentamos em sala de uma lenda mitológica. Eu NÃO lembro direitinho da lenda, e muito menos dos nomes dos personagens (e a minha professora de psicologia lê esse blog às vezes, olha que beleza. Beijo pra você, tia Airen! Eu não lembro de tudo, mas eu te amo, HAHAH) mas eu lembro da conversa na aula sobre a lenda. Então vou tentar explicar aqui.

Se não me engano é a história da filha de um deus, que o deus das profundezas vivia sequestrando. Sei que quando a menina estava sequestrada lá embaixo, aqui em cima faz frio e é nublado. E quando a menina está solta, é calor e sol. Essa lenda seria a explicação das estações do ano. E a equação seria simples: Outono e Inverno? A menina está presta. Verão e Primavera? Solta. Na hora alguém falou na sala: – Aé. Aqui em Curitiba é assim: PRENDE A MENINA! SOLTA A MENINA! PRENDE! SOLTA!

E eu SEMPRE dou risada quando lembro disso. E eu sou obrigada a viver lembrando disso, porque vejam se isso faz sentido: Semana retrasada fez frio e chuva a semana toda. Era ver a previsão do tempo e querer se jogar pela janela. Observem:

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Sim. Era desse nível. Só água caindo na previsão. Ai tá. Essa semana acabou, e de repente, um dia, acordou sem chuva. Mas ficou ainda mais frio. Sei que segunda feira passada eu morri de frio na faculdade, e terça feira fiquei quicando na carteira, pois estava com 3 blusas de frio, um casaco em cima, e não conseguia parar de tremer. Aí foi ficando mais tranquilo durante a semana, e ontem, segunda feira, foi de sol o dia todo, e minha irmã jura que deu 32 graus. Eu não vi isso, mas tudo bem. Fez sol e calor, e eu estava muito feliz, radiante, andando pela cidade do ônibus até o trabalho com meu óculos de sol roxo e UMA blusa só, além dela NÃO ter gola e eu poder exibir o colar de lacinhos que ganhei dos meus padrinhos no natal. Aí hoje o que aconteceu? Adivinhem! Não é que choveu não. É que foi quase um dilúvio. Choveu o dia INTEIRO. Mas a minha previsão era um pouco pior, pensei que por causa da chuva fosse GELAR de novo. Mas são 23h13, e eu ainda estou conseguindo usar o pijama de calor que ressuscitei do armário ontem. Vamos ver amanhã como o dia acorda. Me recuso a ver a previsão do tempo, prefiro continuar iludida com esse veranico gostoso. Só espero que amanhã faça SOL!

Deixem a menina solta um pouco, por favor.

domingo, 28 de agosto de 2011

Florbela Espanca

Pensei em outros títulos para esse post. Talvez algo que se parecesse mais com uma ode ou coisas do tipo, mas desisti. Desisti porque esse nome diz muita coisa, e é melhor ele ficar ali, quietinho, no título. Porque foi mesmo pelo nome que “tudo” começou.

Ano passado a Airen dirigiu uma peça chamada Espanca-me. Sei que foi o maior sucesso, e as pessoas falam dessa peça até hoje. Eu era inocente. Não sabia o que era uma “peça de Airen” e nem quem era Florbela Espanca. Aliás, não sabia nem que a peça falava sobre uma pessoa chamada Florbela Espanca, porque eu era muito desligada, ainda não estava completamente (e irrevogavelmente) apaixonada por teatro e por tudo o que o envolvia e não prestava atenção nos cartazes das peças. Essa foi a minha primeira mostra do Cena Hum, eu assisti quase todas as peças das turmas de formação menos duas. E Espanca-me (tenho vontade de me espancar sempre que lembro disso) foi uma delas. Não que eu não quisesse, ou tenha deixado essa de fora especificamente, e isso, eu sei, é uma desculpa esfarrapadíssima, mas os horários não eram dos mais “fáceis” pra mim, e eu ainda (já disse que era inocente) não estava na vibe maluca de me desdobrar em 200 pra dar conta de assistir tudo, como eu fiz nessa mostra. Perdi completamente o fio da meada né? Voltemos a falar de Florbela. Então. A mostra acabou e eu saí de besta dela, sem assistir. Algum tempo depois eu vi no facebook de alguém um cartaz dessa peça. E embaixo do título Espanca-me estava escrito: Uma ode à Florbela Espanca. E eu parei. Reli aquilo várias vezes e pensei: Meu Deus do céu, o nome da pessoa é Florbela Espanca! Que coisa incrível!

Sim. Eu me apaixonei pelo nome da moça. Joguei no google e descobri que ela era uma poetisa, e fiquei ainda mais encantada. Pensei: É claro. Com um nome poético desses, ela tinha que ser uma poetisa!

Esqueci a história. Até que um dia desses, mexendo no skoob alheio, vi que uma menina tinha colocado na sua estante um livro da Florbela. Fui e coloquei na minha estante também, ora essa! E resolvi que ia ler aquilo logo. Arrastei minha amiga para a biblioteca da PUC e ficamos mais de 20 minutos procurando Florbela. Quando achamos, tinha um único livro, que na verdade, nem é dela. É um estudo sobre a obra dela, com algumas poesias perdidas no meio. Eu coloquei o livro  na bolsa com a maior cara de: Não tem tu, vai tu mesmo. Mas não sem antes reclamar no facebook que não tinha achado um livro de Florbela na biblioteca da faculdade.

Fomos pra sala de aula escrever redação sobre PLANEJAMENTO EMPRESARIAL. Eu terminei a minha, Rhaíssa terminou a dela, entregamos, e sentamos na escada para esperar a Náthalie. Rhaíssa tirou seu Nicholas Sparks da bolsa, e eu resolvi tirar Florbela Espanca. Folheei o livro atrás de uma poesia e dei de cara com “As quadras d’ele I”. Comecei a ler e não aguentei. Chamei a Rhaíssa e comecei a ler em voz alta. Ela largou o Nicholas Sparks e pediu que fossemos xerocar o poema pra ela. Xerocamos pra Nathy também, e no fim das contas, fomos da faculdade até em casa lendo Florbela em voz alta no carro.

Cheguei em casa e sentei no computador. Já parti pra ignorância, eu precisava ter aquilo em casa. Comprei o volume 1 da poesia de Florbela, que tem 3 livros dela. Ainda estou esperando chegar aqui em casa, mas, eu tinha reclamado no facebook que não tinha achado o livro e a Airen disse que podia me emprestar os dela. E ela chegou no cena hum com esses 2 livrinhos pequenos, cujo eu comprei o volume 1. Esses 2 livros juntos têm todos os livros da Florbela. Eu estou me fartando, gente. E isso é importantíssimo falar: Eu não sou apaixonada por poesia! Tenho 3 livros de poesia aqui em casa, 1 deles intocado, e 2 praticamente intocados. Com Florbela, é diferente. Eu abro o livro pensando que “só vou ler mais uma” antes de dormir e quando vejo li 10. Tem umas que são tão encantadoras que não dá pra virar a página. “Os teus olhos”, por exemplo, eu devo ter lido umas 10 vezes.

No fim ainda fiquei feliz que não achei livro na biblioteca e que o meu ainda não chegou, porque o da Airen veio com “surpresa dentro”. Ela fez asteriscos em algumas estrofes, e dentro de uma das partes do poema “As quadras d’ele” (que é perfeito), ela chegou a fazer um colchete abrangendo 3 estrofes, e colocou vários pontos de exclamação do lado. Se eu fosse cara-de-pau eu tinha puxado uma seta, bem de levinho, só pra escrever: Concordo plenamente com suas exclamações!

Florbela Espanca se transformou rapidamente um marco para mim. Já juntei ela naquele meu hall de queridinhos, que antes abrangia somente Cazuza, Caio F. e Clarice. Agora tem também Florbela.

Porque ela tem o nome mais doce que eu já escutei. Ela tem uma sensibilidade impressionante. E ela teve o poder de me fazer ficar apaixonada por um livro de poesias.

florbela

Que diferença!…

        Quando passas a meu lado,

        E que olhas para mim,

       Tornas-te da cor da rosa,

       E eu da cor do jasmim.

       Vê tu que expressões dif’rentes

       Da nossa mesma ansiedade:

       A cor rosa é despeito,

       A palidez é saudade!

 

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Paixão, Paixão, Paixão!

Desde que eu comecei a ler “Querido John” que estou com a ideia desse post na cabeça. Não tem nada de spoiller, isso é sempre bom de avisar, mesmo eu tendo noção de que sou a única que nunca viu o filme e só começou a ler o livro agora. Enfim. Pensei nesse post mas acabei não tendo tempo de sentar para desenvolver a ideia, mas já que é de paixão que eu quero falar, vou deixar minha paixão por escrever tomar conta agora e ir escrevendo sem pensar no assunto.

A questão é que mais ou menos no começo do livro, a personagem Savannah fala a seguinte frase: "Paixão é paixão. É o entusiasmo intercalando o espaço do tédio, e não importa a que se dirige.”

E aí? Me apaixonei pela frase! Eu concordo muito com ela. Eu acho que paixão é muito importante. E nem estou falando de paixão no sentido de encontrar aquela pessoa que se torna a razão da sua vida. Estou falando do mesmo que ela disse, da paixão ser simplesmente paixão, independe de a que ela se dirija.

Adoro conversar com pessoas apaixonadas. O assunto, por mais que bata mil vezes na mesma tecla, sempre acaba sendo interessante, porque a pessoa te contagia. Se você se deixar entrar no mundo dela, você quase se apaixona junto. Seja por um filme, por um seriado, pelos seus amigos, ou, sou suspeitíssima para falar, por uma peça de teatro, hahaha.

Tudo se torna mais divertido e mágico quando se está apaixonado por algo. Foi o que Savannah disse: o entusiasmo intercala o tédio! Eu acho que é porque quando há entrega total a algo, não sobra tempo para existir o tédio. Quando estamos apaixonados, pensamos e fazemos o que é relacionado àquilo com alegria e tanto afinco, que nem nos damos conta disso. É uma energia que simplesmente aparece.

Sendo assim, apaixone-se. Apaixone-se pelas pessoas, pelo trabalho, por um livro, por uma música, por uma coleção, por um dia de sol, por pãezinhos de queijo saindo do forno, seja pelo que for. Mas apaixone-se. Apaixone-se e deixe-se transbordar por isso. Fale sobre, e divida com o mundo o brilho que só a paixão pode trazer a alguém.

domingo, 21 de agosto de 2011

Sobre coisas que perdem o sentido.

E foi no início da madrugada de hoje, 21 de agosto, que eu entrei nas configurações do meu Orkut e tive coragem de deletar minha conta.

Foi engraçado. Eu já tinha pensado nisso várias vezes. Abria o Orkut, achava totalmente tosco, e tinha muita vontade de deletar. Olhar para a minha conta ali, aberta, me irritava. Mas eu não tinha nenhuma coragem de deletar. E aí eu simplesmente fechava a página, e esquecia o assunto. Hoje eu não pensei no assunto. Eu senti que tinha chegado a hora de apertar o botão de “Excluir conta”.

Eu tinha acabado de ler o post da Luiza sobre Orkut. Enquanto lia eu só balançava a cabeça e ria. Depois, tive que comentar que foi um post sensacional, e que eu me identificava completamente com tudo o que ela disse. Enviei o comentário e resolvi abrir o Orkut. O que eu encontrei lá?

22 scraps não lidos. Scraps esses que eram, em sua maioria, mensagens luminosas desejando boa semana. O resto era divulgação. Olhando um pouco pro lado, vários perfis de pessoas. A maioria deles desatualizadíssima. Aí eu olhei para elas: As comunidades. Quase 500, se não me engano. Sim, eu era daquelas orkuteiras maníacas por entrar em comunidades. Afinal, 7 anos atrás, quando eu criei meu Orkut, isso era divertidíssimo. Eu achava as comunidades engraçadas e ia correndo procurar minha mãe e falar: “Mãe, olha que engraçada essa: Tire as mãos da minha batatinha!”. Eu achava o máximo. E como disse a Luiza, as comunidades acompanharam fases de nossas vidas. Tinham as romanticazinhas clichês, tinham aquelas melosas cuja frase começava no nome da comunidade e terminava na discrição, tinham aquelas com letras de músicas, aquelas com piadinhas, aquelas que todo mundo entrava. Fui ‘folheando’ as minhas e me deparando com cada coisa… Do tipo:

  • Deus me disse: Desce e arrasa
  • Meu nome é Ana Luísa com S
  • Eu nasci no dia do meu níver
  • Decepção não mata, ensina a viver
  • Eu odeio acordar cedo
  • Eu dollo _____ (adicione aqui o nome de um amigo)
  • Eu roo as unhas

E aí eu já comecei a pensar que de agora meu Orkut não passava. Afinal, Deus não manda ninguém arrasar, eu não preciso entrar em comunidade nenhuma para falar que meu nome é com S, é óbvio que eu nasci no dia do meu aniversário, todo mundo se decepciona de vez em quando e ainda tá vivo, 99% da população deve odiar acordar cedo, o verbo DOLLAR não existe, e eu parei de roer as unhas.

Achei melhor parar de deletar comunidades uma por uma, porque eu sentia que não precisava perder tempo com isso: Eu ia acabar deletando aquilo de vez. Continuei minha saga de “dar uma última rondada pelo meu Orkut”. Nem quis ler depoimentos, porque sou apegada em coisas fofas que as pessoas me falam e sabia que aquilo ia me colocar em dúvida. Fui direto para o álbum de fotos. E lá tinha um álbum só com as minhas fotos com os jogadores de vôlei, outro com fotos aleatórias, um com fotos minhas bem maquiada, outro com umas míseras 10 fotos das férias de verão, outro com uma letra de música no título e muitas fotos dos meus amigos. Não abri nenhum deles. Saí clicando no excluir. Um por um. Porque ninguém precisa ver um álbum com muitas fotos minhas bem arrumada, nem fotos minha pagando de tiete, muito menos foto minha na praia com minha família, e meus amigos não precisam de um álbum-declaração para saber o quanto são importantes na minha vida.

E aí eu dei risada daquilo sozinha, chamei a minha mãe para assustá-la dizendo que tinha tomado uma decisão na minha vida. Ela chegou no meu quarto, e eu falei: Minha adolescência acaba aqui. Vou deletar meu Orkut. Ela riu, segurou minha mão, e eu cliquei. E ali se foram 7 anos.

Esse post poderia ter muitos títulos, como por exemplo:

  • 7 anos depois
  • O fim declarado da minha adolescência
  • R.I.P Orkut
  • Um post melodramático beirando o tragicômico

Mas eu acho que escolhi o melhor. Porque tem coisas que simplesmente perdem o sentido. Eu não sou ‘melhor’ nem ‘pior’ do que há 7 anos atrás quando eu cliquei no botão de criar uma conta no Orkut. Só que a fase daquela rede social passou pra mim.

Teve uma fase na qual eu e mais 836472674192 pessoas da minha idade chegavam da escola e iam direto para o Orkut. Nessa fase, aquilo ali era TODO o sentido. Só que sentidos se perdem. E o do Orkut, para mim, se perdeu completamente. Me diverti com algumas coisas que vi nessa minha última ronda. Ri da minha própria cara quando vi as comunidades e as legendas dos álbuns. Ri quando lembrei das minhas pretensões orkutianas de ter um namorado e fazer um álbum lindo chamado: “There’s no life without you” ou algo do tipo, colocando 198173863 fotos de nós 2 juntos, e um monte de legenda brega. O namorado ainda não chegou, e eu nunca vou fazer esse álbum. Porque agora eu “passei de fase”. E quando o namorado chegar, o máximo que vai acontecer vai ser um álbum de facebook, com um coraçãozinho no lugar do título, umas 15 fotos, e legenda clichê-beirando-o-brega só em 1 ou 2 (Porque o amor é clichê, gente, e é lindo). Mas isso, claro, só até o dia em que a fase do facebook passar, né.

{Reli o post e começo a pensar que o nome realmente devia ser “Um post COMPLETAMENTE melodramático beirando o tragicômico. Mas vou deixar o título que escolhi no começo mesmo.}

Sendo assim, Adeus, Orkut. Foi divertido enquanto durou. A partir de hoje eu assumo que posso sobreviver sem receber 300 scraps de “Feliz aniversário”. (As pessoas só não podem esquecer de deixar um “Feliz aniversário” no meu mural do facebook, e tudo vai ficar bem.)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Às vezes as coisas têm que “dar errado”.

Esse vai sendo parecendo mais um daqueles posts “filosofias de botequim”. Aliás, gostei disso, acho que vou criar um marcador com esse nome. Mas vamos parar de divagar e ir direto ao post.

Tudo começou quando a Anna fez um post de homenagem ao pudim de sua avó. O que me lembra que eu ainda preciso fazer um post para o pão da minha, mas acho que vou deixar isso para o fim do ano, porque aí eu posso comer vários pedaços dele para me inspirar. (Já estou divagando de novo. Planeta Terra chamando!). A questão central da história do pudim da vó da Anninha foi que ela tirou o doce do forno cinco minutos antes do previsto, ele ficou com uma consistência esquisita e com um gosto maravilhoso.

Na hora de comentar o post dela, eu lembrei que o melhor bolo de chocolate que eu comi foi o do dia em que minha tia errou a receita e colocou pó royal a mais, fazendo com que o mesmo EXPLODISSE dentro do forno. Olha, agora eu vou fazer uma declaração da qual possivelmente vou me arrepender: Eu trollo* MUITO a minha tia, e se ela fosse a Nazira ia viver desejando que eu ardesse no mármore do inferno, porque ela ficou maluca da vida com a explosão do bolo, e foi tirá-lo do forno para limpar enquanto eu sentei no chão e CHOREI de rir. Tinha chocolate pelo forno todo. O bolo parecia uma mousse gigante e desmantelada. Eu estava ansiosíssima para comê-lo, mas mesmo assim, só conseguia rir. Porque a situação era HILÁRIA. Um bolo explodindo galera. Reflitam.

No meio da crise de riso, eu acho que eu ainda insisti com a minha tia para ela colocar a cobertura no bolo, antes de limpar o forno todo. Sim, era uma mousse desmantelada, mas merecia cobertura, ué. Sei que ela colocou a cobertura e então pôs o pseudo-bolo para esfriar em cima da mesa. Eu esperei no máximo uns 10 minutos, peguei um prato, um garfo, uma espátula e ataquei. E aí?

E aí que o bolo desmantelado foi o melhor bolo de chocolate que eu comi na minha vida. Sério, gente, era de comer REZANDO. A receita desse bolo é da tia Lú, e ela o faz divinamente. Só que eu enchi o saco pra ela me passar a receita, para que a tia Malu pudesse fazer, e ela passou. Só que se confundiu e anotou a quantidade de pó royal para a receita DOBRADA. E aí, já viram. O bolo da tia Malu explodiu. Todas as vezes que as duas fazem esse bolo ele fica divino. Mas acho que vai ser difícil superar aquele dito cujo que explodiu.

Agora que eu relatei o acontecido e dei um trilhão de risadas internas de lembrar da cena, a minha filosofia de boteco da madrugada de hoje (sim, porque são quase 2 horas da manhã) é que as coisas às vezes têm que dar errado para dar totalmente certo.

E com “dar errado”, eu não quero dizer no sentido literal. Eu quero dizer que não aconteceu exatamente conforme o planejado. Outro exemplo disso foi quando o meu estágio caiu do céu na minha cabeça em março desse ano. Eu chorei todas as pitangas possíveis no dia que me ligaram pra avisar que a vaga era minha, porque eu teria que mudar de turma no teatro. Foi algo que fugiu dos meus planos iniciais, ué. E aí o que aconteceu? Além de um estágio super bacana, caí de para-quedas no processo de uma peça que vocês-estão-mais-do-que-carecas-de-saber amei de paixão.

Não. Isso não quer dizer que eu vou parar de chorar as pitangas quando algo sai diferente do que eu planejo. Porque eu choro mesmo. Como diz a Mayra, basta uma gota fora do copo para eu achar que Noé está voltando à terra. Mas eu posso continuar chorando, e as coisas podem continuar dando certo no final, e eu vou continuar sorrindo e pensando: Nossa, que bom que “deu errado”! Porque é aí que está a magia da coisa. Se surpreender. Seja no começo, no meio ou no final. Desde que seja sempre.

* Eu sei. O verbo trollar é ridículo. Mas tem certas situações em que ele é o único que cabe perfeitamente. Quando eu ler esse texto daqui há alguns meses eu vou morrer de vergonha de ter usado esse verbo. Mas não consegui pensar em nenhum outro pra usar agora. Então vai isso mesmo.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Eu podia dizer…

… que milagrosamente tem feito dias seguidos de sol em Curitiba. Ou que a previsão pra amanhã é de chuva. Podia dizer que nesse segundo semestre eu ando devorando livros, numa velocidade acho que nunca antes vista na história desse país. Podia dizer que tem mais de um mês que eu não trituro as minhas unhas com o dente, e que pela primeira vez elas estão grandes, e é estranho pra digitar. Ou eu podia dizer que já estamos em agosto, e pra mim, agosto é a constatação do fim do ano, porque de agosto pra dezembro basta uma respirada. Podia dizer também que eu sou muito preocupada quando se trata de relações interpessoais, e basta uma discussão com alguém no começo da tarde pra me fazer perder o dia inteiro. Podia dizer que achei no armário um par de brincos de pérola que minha tia me deu ano passado e eu nunca tinha usado, e agora eles não saem mais da minha orelha. Ou dizer que sábado eu vou tirar sangue, e, não sei por que,  meus pais resolveram me contar com antecedência. Eles deviam saber muito bem que desde sexta, quando eles me avisaram, eu não consigo pensar em outra coisa a não ser na agulha entrando na minha veia, e claro, chorar só lembrar. Já sei, eu podia dizer que já passou da idade de eu ter um pânico tão grande de agulhas. Ou podia dizer que dane-se a idade, todo mundo tem algum medo. Ou eu podia dizer que quero comprar uma câmera pra mim até o fim do ano, mas não consigo nem escolher se quero cybershot ou profissional, muito menos a marca dela. Podia dizer que preciso fazer um trabalho do teatro, mas não, estou aqui escrevendo um monte de besteiras para colocar no blog. Ah, o blog. Eu podia dizer que depois que a Gabi trancou o blog dela eu passei o dia com aflição, pensando que MUITA gente lê esse blog, e que talvez eu devesse fazer o mesmo. Mas tem MUITA gente que eu gosto que leia, e eu estou com preguiça de ficar selecionando pessoas para que elas leiam ou não. Pra terminar, eu podia dizer que já que eu não estou fazendo o trabalho, eu deveria estar dormindo, porque acordo às 6h30min da manhã, mas quer saber? Não vou falar é sobre nada, porque não consigo.

Desde o final de julho que eu não consigo mais escrever sem me esforçar. O post do dia dos avós foi o último que saiu sem eu precisar pensar. Dali pra frente, foi um esforço pra colocar cada palavra daquelas na folha em branco. Dá até pra suar. (Quem precisa de academia quando se tem um blog?).

Deve ser porque não anda acontecendo exatamente nada na minha vida que renda alguma história legal. Ou eu não ando conseguindo transformar as coisas em histórias legais. Ou deve ser porque agosto é mesmo o mês do desgosto, tal qual dizem por aí. Sei que dizem as más línguas que escrever é igual terapia. Se eu não consigo escrever, o que acontece? Minha cabeça fica uma bagunça, muito provavelmente. E aí o que acontece? Sai um post sem noção desses aqui que eu não tenho nem noção de por que cargas d’água eu vou publicar. Mas eu vou.

sábado, 13 de agosto de 2011

Pois eu prefiro os biscoitos!

Eu li esse post aqui da May, e pensei que eu também tenho autoridade pra falar desse assunto, porque estou morando no meu 3º estado e tenho família em mais outros, o que significa que posso dizer que entendo de sotaques e palavras próprias. E acho isso uma delícia.

Nasci numa cidade com mar em todos os lados, muito calor, e palavras com R aberto. Uma cidade onde o que é legal é “massa” e o que estoura “poca”. E aí, aos 7 anos, chegando em São Paulo, fui descobrindo aos poucos que além do R fechado, “bola de soprar” era bexiga, “fecho eclér” era zíper, “vaso” era privada e “Nossa, bicho!” era “Nossa, meu!”.

Em Curitiba, descobri que estojo é “penal”, salsicha é “vina” e garoto é “piá”. Minhas amigas viraram “gurias” e “emprestar” virou um verbo de mão dupla.

O que fazer com tudo isso? Um intercâmbio delicioso. Eu adoro. Pego um tiquinho de cada vocabulário, escolho minhas palavras favoritas e converso do jeito que eu quero.

De Vitória eu uso o “bicho” e o “massa” às vezes. O R aberto aparece de quando em quando, mas infelizmente o “bola de soprar” se foi sem que eu percebesse. Sim, porque eu ODEIO “bexiga”, mas sei lá porque, é a palavra que uso. Mas elas continuam “pocando”, porque estourar é sem graça. Uma que eu aprendi depois de grande é que capixaba não paquera, “arroiza”. E eu acho bem mais divertido que paquerar. ARROIZAR, gente. Muito mais inovador! Ah, capixaba também não vai pra night não. Vai pro rock. Mesmo que seja axé ou sertanejo. Eu prefiro ir pra night mesmo, embora vá bem pouco. E fresta, em Vitória, é “greta”, e eu uso até hoje. Agonia, pra capixaba, é “gastura”. E esse eu também uso até hoje.

De São Paulo a primeira coisa que eu peguei foi o zíper, porque “fecho eclér” NINGUÉM merece. A privada veio logo depois, porque VASO é lugar de flor, não de… dejetos. Ah, o meu eu peguei fácil também, e pra mim é a palavra símbolo de São Paulo, eu adoro, apesar de hoje em dia usar bem pouco, porque né, meio que passei da fase de usar gírias descabidamente, hehe. Ah sim, peguei o E aberto nas palavras com TE e DE. Porque em Vitória, teatro, por exemplo, se fala: tiatro, e derrubar se fala dirrubar. TEatro e DErrubar né gente, vamos combinar.

Em Curitiba eu ignoro o penal e a vina, porque gente! PENAL e VINA! Ninguém escreve com penas hoje em dia pra chamar estojo de penal, e vina pra mim é um nome muito sem graça pra salsicha, que sempre caía dos ditados da escola quando o tema era S/X/CH. Agora, piá e guria é bem mais interessante de falar do que menino e menina. Também acostumei com o fato de que aqui as pessoas não “te passam o tomate” e sim, “te alcançam o tomate”. No começo achava bizarro, mas agora eu uso. O verbo emprestar é que é engraçado.

Aqui quem empresta, empresta. E quem pede emprestado… empresta. Eu achei engraçado a primeira vez, porque minha colega disse: “Aninha, posso emprestar teu caderno?” e eu perguntei na hora: “Ué, pra quem?”. Mas na verdade ela estava me pedindo emprestado. É assim, você não pede nada emprestado, você pergunta se pode emprestar. Eu não me confundo mais, mas ainda prefiro pedir emprestado.

Enfim, acho uma delícia conhecer vários vocabulários pra entender todo mundo e usar o que bem entender, mas esse post inteiro foi só pra deixar claro que enquanto a Mayra gosta das bolachas, eu prefiro mil vezes os biscoitos. Amanteigados, ainda por cima.

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sábado, 6 de agosto de 2011

Desses churrascos de família

Já falei aqui que na vista da minha janela tem uma casa com um sótão, e outra com um balanço no quintal. O que eu sempre reparo nelas é que eu amo sótãos, e que naquele balanço nunca tem ninguém. Aliás, além de 3 cachorrinhos, eu nunca tinha visto ninguém na varanda ou no quintal daquela casa. Até hoje.

Agora eu estava aqui, entre um livro e alguns blogs, depois de fazer um trabalho divertido na casa da minha amiga. Comecei a ouvir barulho de gente assistindo jogo de futebol, e fiquei contrariada, porque é uma gritaria chata, assumam. Mas eu ando numa vibe de não me irritar mais, lembram? Então. Aí eu nem me irritei, e continuei fazendo o que eu estava fazendo. Terminei de ler os blogs, e reparei que o barulho lá de fora tinha mudado. Não era mais só o futebol.

É muita gente conversando, cantando, rindo e ouvindo música. No meio disso tem umas vozes de criança e um latido ou outro de cachorro. Eu abri a janela e na hora veio o cheiro da carne na churrasqueira. E consegui ver também alguma criança se enrolando na corrente do balanço.

Me deu uma sensação boa, sabe? O cheiro da carne na churrasqueira está forte, mas o cheiro mais gostoso é aquele que eles nem imaginam que eu estou sentindo daqui: Cheiro de momentos bons!

Enquanto eles riem e conversam lá embaixo, em meio a crianças, cachorros, música e carne, eu fico aqui pensando em como são bons esses momentos. Em como não precisamos de mais nada se tivermos aquilo que eles estão tendo ali agora! Eu não faço a menor ideia sobre o horário em que começou aquele churrasco, mas pensei naqueles que começam de manhã e terminam de madrugada. Aqueles em que os pais chegam animados para “começar a queimar a carne” e as crianças chegam correndo, loucas para se encontrarem e brincarem de um milhão de coisas. E quando eles terminam, os adultos saem rindo de alguma coisa, e carregando as crianças adormecidas no colo.

Lembro, inevitavelmente, dos tantos churrascos de família que já fizemos. Aquele calor, aquela barulheira típica de um lugar onde estão juntos 1283174 descendentes de italianos e todos querem se fazer ouvir ao mesmo tempo, aquelas garrafas de refrigerante e cerveja em cima da mesa, e muita criança correndo pela varanda, enquanto os cachorros passeiam em volta da mesa tentando conseguir algum tio boa-praça que lhes dê carne… Durante o dia as pessoas que estão em volta da mesa vão se alternando, algumas tiram sonecas, tomam banhos, param para ver tv, mas sem ninguém a mesa nunca fica.

Mais de noite, as crianças vão se cansando e dormindo pelo sofá, mas sempre existem as mais resistentes, que ainda vão embora acordadas, querendo brincar como se não houvesse amanhã. As camas vão sendo arrumadas, e alguns começam a ir na cozinha pegar um copo de leite e um pão da vovó enquanto outros ainda bebem a eterna saideira. Essa é uma das minhas horas preferidas. Sentar lá no meio e ficar de butuca ouvindo as besteiras e piadas internas de quem bebeu o dia inteiro. Ficar sóbria é o mais engraçado. Choro de dar risada das conversas que surgem. Das piadas repetidas, das músicas e das zoações.

Aí tem uma hora que finalmente decidem tomar a última saideira, entram em apagam. As luzes são apagadas e as grades de garrafas de cerveja vazias formam pilhas no canto, entre a churrasqueira e o freezer.

Esses dias com certeza são daqueles que me fazem ir dormir com uma sensação gigante de “pertencer”. Porque eles acontecem desde sempre, o que implica no fato de que eu já fui parte de vários grupos de personagens: Da criança que corre na varanda e dorme antes, da que fica brava quando acaba porque quer brincar mais, da que tem 11 anos, é metida a gente grande e prefere ficar enfiada no quarto com a prima fofocando, da que curte a bagunça sem reparar em nada, e da que curte a bagunça, mas no meio dela, consegue parar e filosofar sobre como aquilo ali é bom!

Eu estou aqui, ainda, com a janela aberta, pra subir o cheiro do churrasco. Ouvindo o enorme bafafá das conversas, daquelas que tanta gente fala ao mesmo tempo que é impossível entender alguma coisa. Pra mim, que estou de fora, claro, porque tenho certeza de que lá embaixo, como nos churrascos da minha família, todos estão se entendendo muito bem, e rindo, talvez das mesmas piadas do ano passado. Agora uma mulher acabou de oferecer algo para o filho, que disse que depois comia, ao que ela retrucou que era melhor agora, e ele perguntou de que que era. Impressionante! Tem certas coisas que são tão iguais. Só mudam de endereço.

Esses churrascos de família acabam sendo sempre iguais. E é aí que está toda a graça!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Para me redimir

Tudo começou quando a “blogueirada” resolveu sair por aí elegendo seus animais preferidos. Primeiro, aliás, desde sempre, surgiu a Anninha com seus pôneis. Depois veio a Tary com suas corujinhas, e a Rúvila com uma girafinha no avatar do twitter. A gota d’água foi a aparecendo com um post gigante sobre gatos.

Ela começou falando sobre ter um animal preferido, e sobre como eram sem graças as pessoas que respondiam “cachorros”, porque cachorro não conta, segundo ela. E eu fiquei o post inteiro matutando sobre meu animal preferido, porque era questão de honra dizer isso no comentário que faria lá.

Cansei de pensar e me veio a imagem de um leão na mente. Sempre belo, imperial, com toda aquela juba e aquele ar de “domino sem fazer força”. Ta aí. Leões! E foi o que comentei lá no post dela. Depois eu esqueci do assunto.

Acontece que hoje eu estava lembrando disso e contando para minha irmã, e eu ia dizendo que não sabia o que colocar, falei que eram leões e.. Aí deu aquele estalo. Como assim leões, meu Deus? Eu sou LOUCA por pandas!

E aí pensei que precisava fazer esse post pra me redimir com os coitadinhos! Porque eles sim são meus preferidos! Que fiquem os leões com suas jubas e ar majestoso pra lá, eu gosto mesmo são dos pandas!

Eles são MEGA gordinhos, devem ser uma delícia de abraçar, comem bambu o dia inteiro, tem a maior pose de tranquilões, e tem aquelas deliciosas manchas pretas ao redor dos olhos, que são puro charme!

Meu primeiro fichário tinha um panda na capa. Eu tenho 3 pandas de pelúcia na minha prateleira, sendo que um deles eu ganhei aos 7 anos, a outra eu comprei na Disney pra fazer parzinho com ele, e o filhote veio no lanche do Mc Donalds da minha irmã e eu tive que implorar pra ela me dar. A caixa de som do meu Ipod é um panda, quando eu fui comprar tinha o cachorro, o porquinho e o fantasma. O panda era o mais caro. Mesmo assim eu comprei, porque a minha caixa de som TINHA que ser um panda.

E com tudo isso, eu cometi o disparate de dizer no blog alheio que meu animal favorito é o Leão. Ora, faça me o favor.

panda

Desculpem-me, pandas. Foi um mero ato-falho.

Vocês serão pra sempre os meus preferidos.

Wildon, Wilma, Filipe e Roxy aprovam esse post. Lê-se: A família panda e a caixa-de-som. Sim, eu nomeio seres inanimados. Não, não me internem, a Tary faz isso também.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

É que eu ando com preguiça

Comecei a pensar nesse post, depois de um hiatus de uma semana onde as palavras simplesmente não quiseram sair da minha mente. Sentei, abri o writer, e fiquei feliz ao pensar que tinha conseguido um título, com algumas ideias fluindo. A barra estava pesada aqui nesses dias, gente. Sabe o desespero de ficar com o writer em branco te encarando e você não conseguir escrever? Então. Aí que quando vem assim, um título, e algumas constatações mentais que combinam com ele, você tem que se agarrar a isso de todas as formas. Quando eu comecei a pensar no fluxo de ideias para esse post, me veio na hora uma constatação: “Eu já vi isso antes em algum lugar.” E aí lembrei. Foi aqui, onde a Rafa contou que estava feliz, simplesmente por estar feliz, mas não que ela fosse sempre assim, é porque ela estava cansada de ser triste.

Eu nunca fui de ser triste, porque né, não tenho a menor paciência para me aturar deprimida, sério. Mas digamos que talvez as pessoas gostassem de comentar que o bom-humor não é a mais evidente das minhas características. Vou fazer uma mistura meio tosca de mau-humor com felicidade, e dizer que, embora tardiamente, e anos depois de ler a história, estou aprendendo a brincar de Polyana.

Esse ano já me estressou tanto, mas tanto, que vocês não fazem ideia. No fim de abril eu pensei que não aguentaria mais um mês sem dar alguma crise. Mas aí, de repente, alguma coisa mudou. Não foram as circunstâncias, eu acho, porque parando pra pensar sobre esse ano, ele continua meio irritante. Talvez tenha sido eu que mudei, sem perceber, meu modo de ver as coisas. Talvez tenha sido também o fato de ter me apaixonado por alguma coisa e me entregado tanto a isso, como foi com Vamos Falar de Amor sem dizer Eu Te amo, e ter visto resultados bons, no fim das contas, além das excelentes lembranças… Não sei.

Sei que cada vez mais eu ando trocando o bico pelo sorriso e os negativismos pela crença de que as coisas sempre podem melhorar. Tenho aprendido a rir do que não tem remédio, ao invés de reclamar por horas a fio. Confesso que fazer isso às 7h da manhã de uma segunda feira, depois de 24h ininterruptas de chuva, fica meio complicado, mas durante o dia, até do tempo eu já ando dando risada.

É uma questão simples: O mundo pode cair em chuva lá fora, com um frio completamente desnecessário para acompanhá-la, e eu posso fazer o sol brilhar aqui dentro se eu estiver feliz. A outra opção é o mundo caindo em chuva lá fora, com um frio completamente desnecessário, e eu puta da vida por causa disso. Vejam bem. Eu ficar puta da vida com isso vai mudar o tempo? Não. Então melhor continuar sorrindo. Tão fácil calcular qual é a melhor opção. Acho que eu andava deixando a minha inteligência de escanteio, para não conseguir perceber algo que talvez sempre tenha estado na minha cara.

Está muito piegas esse post, eu sei, mas é interessante deixar ele aqui, porque assim, o dia em que eu estiver xingando o mundo e querendo que ele acabe em barranco para que eu morra encostada, eu abro, leio, e tento acreditar que um dia eu acordei pensando que ficar de mau-humor era pura perda de tempo. Não, nenhum ET abduziu a minha pessoa e deixou uma boba-alegre no lugar, e nem eu coloquei um par de óculos cor-de-rosa nos olhos.

Eu continuo franzindo a testa de manhã, chegando na faculdade xingando o tempo, querendo explodir um professor ou outro, mas no geral, tenho dado conta de acabar com isso logo pela manhã, e assim, em menos de 2h que eu acordei, está tudo bem. Parece mágica.

Não, eu não sou assim… mas é que eu ando com preguiça de ficar de mau-humor.

Um sorriso vale muito mais a pena. Com certeza.

smile

Smile, it’s healthy! You’re better smiling, so smile!”

Foto e legenda: Jaisson Zepon