terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Tchau, 2014.

Fiz um post mau-educado cheio de músicas da Taylor Swift prometendo que vocês só me veriam de novo em 2015. Hoje é 30 de dezembro (nem é 31 ainda, gente!) e eu estou de volta, vejam só que coisa. Acabei de descobrir que meu primeiro post do ano chamou “Olá, 2014” e então resolvi terminá-lo com um título igualmente clichê. Não consegui fazer melhor que isso, mas quem sabe ano que vem?

2015

A questão é que eu sou influenciável demais para ter lido os textos de Gregório Duvivier e Anna Vitória sobre o fim do ano e conseguir me despedir do meu blog com… uma lista de músicas da Taylor. 2014 me deixou sem fôlego, mas até que com um bocado de coisas pra falar. Li em algum lugar que estava previsto que ia ser um ano intenso. Alguma coisa a ver com marte. Não tenho como não concordar.

Se vocês clicaram no link para o texto do Gregório, viram que ele disse que todo ano passa rápido, só que 2014 passou rápido feito um AVC enquanto poderia, sei lá, ter passado rápido feito uma andorinha. Concordo. 2014 derrubou um monte de amizades, um monte de casamentos, derrubou o Brasil por 7 a 1, derrubou um monte de gente e até alguns aviões. Derrubou meu psicológico de uma forma tão traiçoeira que se estivéssemos em outubro agora eu diria com quase toda a certeza do mundo que eu não estaria viva no Réveillon.

2014, que ano. Deixou muita coisa em frangalhos, mas quando quis ser bom, foi melhor ainda. Seria injusto reclamar do coitado sem apontar suas qualidades que vieram quase tão intensas quanto as mazelas. Em 2014 eu praticamente não parei de pagar passagens: sempre tinha alguma parcela de alguma passagem registradinha no meu cartão de crédito. Em alguns momentos, mais de uma passagem. Em 2014 em me formei e, mesmo tendo achado várias vezes que fiz a escolha errada, com os olhos cheios de água na colação de grau eu tive certeza de que eu já tinha nascido jornalista. Em 2014 minha casa ficou lotada de gente que tinha encarado até medo de avião só para estar no meu baile de formatura – que nem era open bar. Dois dias depois eu conheci Foz do Iguaçu com os meus primos, comprei muita porcaria no super mercado, muitos cremes da Vitoria Secrets no Paraguai (não usei até hoje) e fiz muita folia em quarto de hotel.

Conheci Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e conheci parte da família tão querida da qual minha amiga tinha sempre tanto carinho ao falar. Passei o dia em um parque municipal que tinha me prometido jacarés, mas me entregou filhotinhos de capivara que corriam e pulavam feito esquilinhos.

Fui para São Paulo porque decidi que queria ir na exposição do Castelo Ra Tim Bum e que isso não ia ficar só no querer. Assim como bem disse a Anna no texto dela, olha que curioso, em 2014 eu aprendi que, às vezes, quando a gente resolve fazer as coisas ao invés de só querer fazê-las, a gente de fato faz tudo o que quer.

E foi fazendo o que eu queria que em 2014 eu fui para o Rio de Janeiro duas vezes, aproveitei as minhas amigas, tomei banho de mar, levei caldo em Ipanema, rolei no chão da livraria mais linda que já vi, cantei na orla, andei nas bicicletinhas do Itaú, gritei no Metrô, vi o sol nascer de uma pista de dança, dei um dos melhores beijos da minha vida em um cara cujo nome eu continuo sem saber e até sambei todo o samba que eu nunca soube sambar quando, às 6h30 da manhã, a bateria da Vila Isabel entrou em cena para finalizar uma madrugada sensacional. Às 7h30, com um tantinho de álcool na cabeça e um tantão de alegria, gritei para uma câmera que estava saindo de uma festa e indo para a praia. Entre tirar o vestido e colocar um biquíni, morremos todas no colchão e acordamos algumas horas depois em banheiras de gelo sem rim com maquiagem no queixo, penteados caindo e nada de maresia. Sinto muitas saudades dessa praia que não chegamos a pegar, mas que amei pacas.

Já na rabuja de dezembro, 2014 quis me provar que ele era do mal, mas sabia ser parceiro, quando me presenteou com a pior dor de garganta que tive na vida – 5 dias depois de quando ela deveria ter começado, só para que eu pudesse me divertir.

Em 2014 eu li 68 livros e meu afilhado me chamou de Dinda pela primeira vez. 2014 foi o primeiro ano da minha vida em muito tempo no qual eu não estava na escola e eu descobri que acordar às 8h é muito melhor que acordar às 6h. Em 2014 teve muita Copa, eu me viciei em futebol, passei tardes assistindo jogos aleatórios, chorei muito quando perdemos e alguns dias depois chorei de alegria com a vitória da Alemanha. Em 2014, passei 3 meses inteiros em 1989.

Em 2014 eu me chateei muito, chorei muito, senti muitas saudades e morri de tédio também, mas fiz algumas das loucurinhas que tive vontade de fazer e observei, tranquilamente, os meus amigos fazendo as deles – que não me deram um pingo de vontade e eu achei que estava tudo bem não querer.

Em 2014 eu não mudei meus hábitos alimentares (rsssss), mas consegui ir na academia direitinho no primeiro semestre. Não fiz uma tatuagem, mas bati o martelo na primeira que farei (e se tudo der certo, dia 5 eu volto com fotos). Em 2014 eu lancei um livro. Em 2014 eu resolvi ser adulta e encarar um exame de sangue só porque estava com medo de estar doente sem saber, mas achei que tudo bem não ser tão adulta assim quando fiz o exame chorando agarrada no braço da minha mãe.

Estou terminando 2014 cheia de roxos, porque continuo desastrada, e com um monte de bolinhas no rosto que não sei de onde vieram e nem pra onde estão indo. É alguma alergia chata que 2014 inventou para deixar sua marca de zica até o finalzinho, então tudo bem.

Pra entrar 2015 eu não vou fazer simpatia nenhuma. Não vou prestar atenção em cor de calcinha, nem vou pular ondas, nem vou comer lentilha com as pernas pro alto (isso eu nunca fiz mesmo). As únicas coisas que ando pedindo a Deus são saúde e iluminação – tendo isso, com o resto eu me viro. Tenho braços, pernas, um cérebro, um coração e muita vontade de ter um ano maravilhoso. Quem vem comigo?

domingo, 28 de dezembro de 2014

O (meu) melhor de Taylor Swift

E aí galera, todo mundo vivo por aí? Eu tô viva, juro, mas cês sabem como é, né. Se já tava difícil escrever antes enquanto eu estava em casa, trabalhando e mergulhada na rotina, imaginem nas férias, na casa da vovó, com muita gente, verão, essas coisas todas. Entre mortos e feridos, todos se salvam e aqui estou, ainda sem inspiração, mas com vontade de honrar rapidinho esse fim de ano com uma pequena premiação, livremente inspirada na Anna que montou premiações de tudo e mais um pouco. Parcial que sou, não vou falar de muita coisa, na verdade. Ok, cortando logo o barato de vocês e honrando meu título, só vim mesmo falar de Taylor Swift. Sim, de novo, o x vermelho lá em cima é cortesia da casa grossa.

Acontece que de outubro pra cá eu não sei fazer outra coisa da vida a não ser escutar 1989. O que me faz ficar com muito peso na consciência, e, believem vocês ou não, nem é em relação aos outros cantores, é em relação à própria Taytay e suas outras obras (principalmente RED, aquela maravilha) que ficaram preteridos com a novidade. Amiga, meu troféu do ano é todo seu, pega aí:

bffMelhor pessoa

Eu, Anna, Mimi e Rafinha vivemos chateadas ao pensar que nossa melhor amiga famosa enrola tanto pra fazer uma turnê no Brasil que quando ela vier, deixará muitas das nossas queridinhas de fora da playlist. Enquanto a moça não toma vergonha na cara e promete 5 dias de show pra gente (um pra cada álbum, acho justo, acho necessário), vou resolver eu mesma a questão com esse post: MEU MELHOR DE TAYLOR SWIFT, onde eu elencarei para vocês as minhas 20 25 músicas favoritas. Estou chorando desde já por ter que escolher 20 25, mas me limitei forçosamente ou vocês leriam esse post até a virada do ano de tão longo que ele seria. Aviso de antemão que, como na maior parte das listas difíceis que eu faço nesse blog, estou montando essa sem pensar demais e possivelmente logo depois de publicar eu estarei arrependida chorando por ter esquecido algo icônico. Faz parte do show, galera. Ah sim, a ordem não é relevante e tentarei explicar sucintamente cada escolha com detalhes que me marcam (e que talvez convençam você, distinto leitor, a encontrar para ouvir). Por último, vai só o nome da música mesmo e cês vão ter que procurar pra ouvir porque a Tay échatapacarai não disponibiliza as músicas dela nesses sites de montar playlist e eu tô com preguiça de procurar todos os links no Youtube. Tô mesmo, gente, juro. 28 de dezembro tá no fim e ninguém quer ter trabalho no fim do ano, me amem mesmo assim. Beijos e até 2015! Uma ótima virada procês.

1. Cold as You: Se tem alguém nesse mundo que sabe chorar uma fossa bem chorada, esse alguém é Taylor Swift, e nessa música não muito estimada (tô de olho nocêis) ela me faz arrepiar até a alma cantando que o amado faz questão de oferecer um final chuvoso aos dias perfeitos dela quando não a quer e que, prestem bem atenção, ela nunca esteve num lugar tão frio quanto ele. Quem nunca conheceu alguém com alma de geladeira que atire a primeira colherada de sorvete.

2. Come in with the rain: Como até pisarmos em 1989 as músicas vão ser, em suma, sobre fossa, pouparei vocês de repetir essa parte da explicação. Vamos então apertar o coração um cadiquim lembrando daquelas pessoas que fariam a gente deixar a janela aberta tamanha nossa vontade de que elas brotassem ali junto com a chuva. Ai, deixa eu limpar a lágrima aqui enquanto canto.

3. You Belong with me: Essa é a primeira das três que você, que não é tão fã, não vai ter que pesquisar pra saber qual é. A conhecidíssima YBWM foi uma das minhas iniciações na música de Taytay e ela faz qualquer menina dançar de pijama em cima da cama usando a escova de cabelo como microfone, não tentem negar. Como se não bastasse a filmografia adolescente e a literatura me trazendo ilusões na vida amorosa, me vem menina Tay cantando contos de fada – começam com fossa, mas terminam com declarações do vizinho gato, olha só que maravilha?

4. Love Story: Logo que comecei a escutar achava essa música um saco, mas não pude não me render. Romeu e Julieta, né, gente, cês sabem. Não que eu acredite que Romeu e Julieta é uma boa história de amor: concordo plenamente com quem disse uma vez (juro que li em algum lugar) que Romeu e Julieta é uma história de paixão adolescente que dura 2 dias e termina com alguns mortos e que história de amor de verdade são os primeiros 5 minutos de UP Altas Aventuras. MESMO acreditando nisso, não dá pra não dar aquele sorrisinho delicioso quando ela canta que ele ajoelhou e a pediu em casamento.

5. You’re not sorry: Adoro o refrão dessa música, acho o ritmo sensacional e amo menina Tay gritando por amor e esticando a última sílaba da palavra – gritinho do qual senti profunda falta em 1989.

6. Two is better than one: Essa aqui ela canta com alguém que estou com preguiça de pesquisar quem é (sou dessas) mas é tão linda, gente, tão linda! Juro que quando ela canta Maybe is true that I can’t live without you, maybe two is better than one o meu coração chega a doer. A gente sabe que é mentira: todo mundo consegue viver sem a outra pessoa, por mais que não queiramos. Mas vamos dar licença poética pras nossas fossas e, principalmente, pras nossas paixões. Se no momento da dor parece impossível viver sem alguém, no momento em que ~temos~ a pessoa conosco esse sentimento de “não consigo viver sem e veja só, não preciso porque a tenho” é a melhor dor que a existência humana nos permite sentir.

7. Speak Now: Já falei em algum lugar aqui que essa palhaçada de largar alguém no altar pra ficar com a mocinha é bonitinha só na ficção e desesperadora na vida real. Sempre fico com peso na consciência de amar essas coisas, pensando na pessoa que hipoteticamente ficou plantada lá no altar – e não tinha nada a ver com essa palhaçada toda. Mesmo assim não consigo não me divertir horrores com o ~final feliz~ de Taytay nessa música quando o noivo diz So glad you were around when they sad speak now.

8. Long Live: Uma das partes que mais me dói nessa música é quando ela fala que eles viveram tantas glórias juntos que no dia que eles se separarem tudo o que ela quer é que ele fale o nome dela quando os filhos dele apontarem uma foto dela um dia. Gente. Apenas lágrimas. Assim como o que ela clama em…

9. Wildest Dreams: … o pedido legítimo que ela faz é que, poxa, quando tudo acabar, lembre dela. Acho justíssimo. Lembre dela com bochechas rosadas, vestido bonito, viva um pouco dela nem que seja só nos sonhos. Isso é um pé no saco quando somos as atuais – mas atire o primeiro álbum de fotos quem nunca quis ser uma ex que foi tão amada que apenas sua memória é capaz de abalar as estruturas da tal atual namorada.

10. All too well: Demorei propositalmente a entrar em RED porque sei que agora que pisei nessas bandas será difícil sair. Que álbum, senhoras e senhoras, e começo por essa música porque ela me deixa transtornada. Pensem numa história de amor onde as pessoas dançam na cozinha à luz da geladeira. Quando essa história de amor acaba e a outra parte envolvida cisma em não lembrar que ela foi tão especial, tudo o que você quer é gritar nas fuça dela que foi bonito sim, foi raro, você estava lá, você lembra muito bem e é impossível ela fingir que não tem nada com isso.

11. 22: Está em RED mas é tão animadinha que podia estar em 1989. Essa música diz muito da minha história com minhas amigas (#bichas) porque foi trilha sonora de muitas das nossas ~aventuras~ mas vai, é impossível não dar uma mexidinha no esqueleto e/ou cair na tentação de responder I don’t know about you, but I’m feeling 22 quando perguntarem a sua idade (isso, é claro, se você deu a mesma sorte que eu de fazer 22 bem quando a música estava no auge).

12. Enchanted: Voltei pro Speak Now rapidinho porque tinha esquecido dessa obra prima. Quem, como eu, passou a adolescência toda e o começo da vida adulta solteira (triste) sabe a dor que é conhecer alguém incrível e cruzar os dedinhos pro moço não ser comprometido. Dói. Dói porque a gente não quer a treva das outras (e nem disseminar o término), mas a gente queria muito alguém livrinho pra gente também. Menina Tay me representa muito com seu I’ll spend forever wondering if you know I was enchated to meet you e o pedido please don’t be in love with someone else, PLEASE don’t have somebody waiting on you.

13. Mine: Speak Now again porque também tinha pulado essa bela história de superação & amor que Taytay nos da de presentem em Mine. Nem tenho muito o que dizer, apenas vejam o clipe. Vejam, vai, por favor, olha essas criancinhas loiras fazendo aniversário.

14. I knew you were trouble: Vou definir meu amor por essa música em uma palavra: GRITOS.

15. Everything has change: Em seu melhor momento “contanto mais uma história romântica aí pra vocês”, Taylor se uniu com ninguém menos que Ed Sheeran, nosso ruivo favorito, para dizer que:::::: All I know is we said hello and your eyes looked like comming home. Acredito que não preciso dizer mais nada sobre o assunto.

16. Come back… be here: Muita gente ama o RED sem ter ouvido essa pérola. Eu também não costumo ter paciência pra ouvir os finais dos CDS mas minha gente, essa música CONSAGRA o desespero amoroso que ronda todo esse álbum. Sério, I don’t wanna miss you like this, come back, be here é um apelo tão sincero e ela canta isso tão lindamente que não tem como não voltar.

17. We are never ever getting back together: WEEEEEEEEEE are NEVER EVER ever e clipe com pessoas aparecendo vestidas de BICHOS explica toda a magia. Corrão.

18. Should’ve said no: Essa eu também acho subestimada. É mais do início da carreira, então é aquela fossa menos recalcada e mais animadinha, um presente que o estilo country de Taylor nos oferece. Aqui ela canta que o cara devia ter dito NÃO para a ~tentação~ e ele ainda a teria. Adoro, porque ela tá sofrendo mas faz tudo parecer uma brincadeira divertida quando diz que o cara devia muito ter pensado duas vezes antes de ter jogado os dois pro alto. Se lascou, mocinho.

19. Teardrops on my guitar: Tragam as caixas de lenço porque a p**a ficou séria. Cliquem aí no link e choremos todos juntos ao som da menina (que ainda tinha cabelos cacheados) cantando que I bet she’s beautiful, that girl you talk about, and she’s got everything that I have to live without. Eu repito: SHE’S GOT EVERYTHING THAT I HAVE TO LIVE WITHOUT. Que dor, minha gente.

20. Blank Space: Chegamos em 1989 e eu só tenho direito a essa e mais 5 músicas, isso porque fiz vista grossa na lista do RED. Enfim, aqui estamos no novo álbum, Taylor tá gata, tá madura, tá resolvida, tá sambando na cara dos homens e não consigo não aplaudir essa música toda vez que escuto: “tenho uma lista de ex namorados longa sim, cara, e tô doidinha pra escrever seu nome nela. você inclusive tem as fuça perfeita que imaginei para meu próximo erro, vamos brincar disso?” SWIFT, Taylor, a mesma que cantou Teardrops on my guitar. Cresceu lindamente e tomou as rédeas da própria vida ou não?

21. Style: Essa entra na minha lista porque amo muito o tom dela cantando You got that James Dean daydream look in your eyes. Apenas amo, lidem com isso.

22. All You Had To Do Was Stay: Impliquei horroresh com essa música quando ouvi o CD pela primeira vez porque achei o refrão repetitivo um saco. Continuo achando repetitivo e pouco criativo, mas não é que a música caiu nas minhas graças? Adoro imitar o agudinho do STAY.

23. Shake it Off: Hater gonna hate hate hate hate hate.

24. I Know Places: Amo a parte do HIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIDE. Amo Taylor esticando as sílabas, já falei disso antes em alguma das 23 explicações anteriores

25. New Romantics: Senhoras e senhores, que fim de CD, que fim de lista que montei. Pensem num álbum que fecha com chave de ouro e comemoraremos todos abraçados ouvindo a última faixa de 1989. Depois de sambar (e muito!) na cara da sociedade, a menina encerra a brincadeira numa batida total fim de festa, deixando bem claro que está construindo um CASTELO com os tijolos que andam jogando nela. Além disso, ela diz que o melhor tipo de gente que existe são as pessoas livres. Fala se não é pra dançar bêbado abraçado com o amigo às 4 da manhã? Claro que é. Bom castelo pra vocês, peguem aí os tijolinhos e vamo que vamo.

UPDATE: Hehehehe gente então, lembram que eu disse que logo depois que postasse iria dar falta de alguma música e chorar? Então, eu deixei faltar uma, mas não pude apenas chorar e deixar passar porque eu AMO demais essa música, assim, demais mesmo, talvez mais que 90% da lista, então voltei só para falar dela:

The Last Time: Só de ouvir as batidas iniciais dessa música, no PIANO, vocês vão entender porque ela absolutamente não poderia ter sido esquecida. This is the last time I’m asking why you break my heart in a blink of an eye. IN. A. BLINK. OF. AN. EYE. Gente, essa vai ter até link, só pra convencer vocês. Ou melhor, vou botar o vídeo incorporado logo e fim de papo porque tô aqui ouvindo enquanto escrevo sobre ela e sem or, tô no chão como em todas as vezes que escuto.

THIS IS THE LAST TIME I LET YOU IN MY DOOR

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

MVCEE Awards – Minha literatura de 2014

O título é auto explicativo… e o vídeo também! Voi lá os livros que me fizeram querer tagarelar em 2014 – os bons e os péssimos. Peguem a pipoquinha que vai longe, tá?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Sobre a dor de garganta que esperou 5 dias para doer

Era noite de segunda-feira. Eu tinha voltado de viagem de manhã, depois de 3 dias deliciosos no Rio de Janeiro na companhia dA Gente. Já no domingo a noite eu tinha começado a sentir minha garganta das uns repuxos, mas ignorei solenemente. Gosto dessa prática de ignorar a dor: se eu não dou bola pra ela, ela desiste. Às vezes funciona.

Como eu disse, era noite de segunda-feira e eu estava no jantar de fim de ano da firma quanto senti que a p**a estava em vias de ficar séria. Minha garganta parou de repuxar e começou a doer: “aé, vai fingir que eu não existo? Pois veja só o que sou capaz de fazer”, era o que ela bradava. Espirrei um spray anestésico (que pouco adiantou), e dormi, acreditando piamente que era só um susto pela diferença de temperatura e que no dia seguinte estaria tudo bem.

Acontece que o dia seguinte começou antes do que eu gostaria – e por motivos nada agradáveis. Acordei às 3h da manhã e eu não era uma pessoa com dor de garganta: era uma dor de garganta com uma pessoa. Rolei de um lado para o outro sem acreditar na dor que eu estava sentindo, mas consegui voltar a dormir. Eram pouco mais de 6h quando acordei mais uma vez, sem fazer ideia do que acontecia na minha garganta, mas com a certeza absoluta de que era terrível.

Um tanto antes das 8h eu larguei de mão essa história de dormir e, madura que sou, sentei na cama e comecei a chorar. Comecei a chorar porque eu nunca tinha sentido uma dor daquelas na minha vida. Eu não conseguia falar, eu não conseguia tossir, mas eu engolia toda hora e cada engolida parecia um manjar de cacos de vidro com toques de gilete. Com o pouco de coragem que me restava para falar eu consegui gritar a minha mãe, e quando ela disse que se eu não melhorasse me levaria de tarde ao médico eu só consegui responder: me leva agora, pelo amor de Deus.

Fui pro trabalho. Tinha um dito de um homem da calha que ia arrumar sei lá o que (talvez a calha?) no meu prédio e... minha mãe é a síndica. Passei duas horas no trabalho que pareceram a treva, até que o homem da calha não apareceu (fdp) e fomos ao médico. Ele perguntou o que eu tinha, e eu: estou engolindo cacos de vidro.

O moço ligou a lanterninha na minha garganta e quase jogou a bicha longe de tanto susto. Não demorou 5 segundos pra proclamar: Sua garganta está uma tragédia, era pra você estar sentindo dor há 5 dias. Me receitou anti-biótico, anti-inflamatório, me deu um atestado e me mandou pra casa dizendo que se a dor não melhorasse em 72 horas era pra eu voltar ao consultório.

Vocês entenderam o mesmo que eu? SETENTA E DUAS HORAS? Só podia ser um filme de terror. Mais 72 com aquela dor e eu me atirava na frente de um ônibus pra acabar com aquela palhaçada de vez. Cheguei em casa, tomei o remédio e apaguei. Acordei às 19h sem saber nem meu nome – e com bem menos dor.

Agora são quase meio dia e, uma dose de anti-biótico e duas de anti-inflamatório depois eu digo que fico ESTOU SEM DOR. Minha primeira infecção de garganta na vida me deu trégua em 24h e como se eu não pudesse estar bem agradecida só por isso... vou explicar o título.

Cês lembram que eu estava no Rio de Janeiro, né? Encontrei o Djavan e tudo. Mas então. O médico disse que era pra eu estar sentindo dor há 5 dias, lembram disso também? Se meu manjar de cacos de vidro tivesse começado há 5 dias eu teria, apenas, perdido uma das melhores coletâneas de momentos do meu ano.  E tudo bem que a folia pode ter deixado o acúmulo de dor bem pior: teve folia com as minhas pessoas, piscina o dia inteiro, umas boas doses de álcool, festa de formatura até 7h40 da manhã e um dos melhores beijos da minha vida inclusive moço desculpa se eu te passei dor de garganta, eu não sabia que ela já devia estar ali.

No fim das contas, minha gente, doeu e não foi pouco, mas passou e acho que os cacos de vidro (tô repetitiva mas juro, era essa a sensação) foram até um preço justo a se pagar por uma dor que topou se atrasar cinco dias para que eu fosse feliz. 


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Aquele com o Djavan

Tem quem diga que não existe coincidência. Eu fico meio que sentada em cima do muro para concluir meu posicionamento. Acho que nas grandes questões da vida a coincidência não existe mesmo: a gente certamente encontra os grandes amigos (e os grandes amores!) que tem que encontrar. Ligações de alma são destino. Estão cruzadas há muito mais tempo. Mas tem outras coisas, as pequenas, quase que irrelevantes, mas muito engraçadas, que não tem como deixar de ser coincidência – com um empurrãozinho piadista do universo.

Teve uma vez que A Gente estava na balada. Vejam bem, EU mesma não estava, mas é que quando A Gente está junto, todas estão, mesmo quando não, entendem? Então. Aí A Gente estava na balada e começou a tocar Djavan. Tudo bem que era uma balada tropicália, mas Djavan, DJ? Sério? Cruzamos os braços e ficamos olhando pra ele com cara de reprovação. Uma bronca levamos: apareceu um moço na pista e disse que o DJ só estava fazendo o trabalho dele na humildade e estávamos sendo desagradáveis cruzando os braços na pista. Respondemos que não éramos obrigadas a ouvir Djavan na balada e que cruzaríamos os braços quantas vezes fosse necessário. Logo ele percebeu e trocou a música.

Um tempo passou e A Gente (dessa vez eu estava!) saiu para o grande agito do ano. Era a formatura da menina passarinha, depois de infinitas contagens regressivas. E lá estávamos na pista, esperando ansiosamente a oportunidade de descer até o chão, quando a banda surge cantando... isso mesmo, Djavan. Aparentemente todas as bandas e DJs do Rio de Janeiro acham conveniente tocar Djavan nas festas.

Não que A Gente não goste de Djavan. As músicas deles são gostosinhas. Para ouvir na praia, num fim de tarde, olhando o mar e querendo tirar um cochilo, não no meio da pista de dança. Ninguém dança Djavan até o chão, a menos que já tenha passado das 5h e todos já tenham mais álcool que sangue correndo nas veias. Às 5h da manhã já estão todos carimbados, com as pernas doendo, e felizes o suficiente para dançar o que tocarem. Ao som de Djavan, às 5h da matina, nos abraçaríamos e ecoaríamos tranquilamente que o luar, estrela-do-mar, o sol e o dom. Mas não à 1h. Zoamos. Cruzamos os braços. Demos gostosas gargalhadas da perseguição Djavanesca que nos abatia. Passou.

Depois de um dia inteiro de ressaca moral e física, era perto das 19h quando A Gente chegou ao aeroporto para levar A Gente embora. Ainda estávamos dentro do táxi, estacionando, quando de repente: MEU DEUS, É O DJAVAN.

Eu confesso que JAMAIS reconheceria o Djavan se o encontrasse dando sopa por aí. Mas as Gabrielas reconheceram. Ficaram em polvorosa dentro do carro: precisávamos fechar essa história com uma foto do Djavan.

Saímos correndo do táxi e, muito envergonhadas, decidimos que eu fingiria tirar uma foto delas e pegaria o Djavan no meio. Ríamos. Ríamos e ríamos e nos curvávamos de tanto rir. Tantas pessoas no mundo pra encontramos e fomos dar de cara logo com o Djavan. Quando já estávamos desistindo de criar coragem e ir embora, duas meninas chegaram do além e pararam o cantor para tirar foto. Resolvemos aproveitar o gancho. Enquanto as tais garotas procuravam a câmera na bolsa, já cheguei com o celular estendido. Ele disse que eu era bem eficiente. Tiramos uma selfie. E nunca mais conseguimos parar de rir.

#momentos

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Dos dias de blog vazio

Se eu não estivesse postando agora, segunda-feira fariam 15 dias sem atualizações no blog. Se tem uma coisa, aliás, que eu nunca entendi é porque foi definido que duas semanas são 15 dias. São 14. Mas todo mundo fala que são 15 e criou-se esse consenso. Por que?

Minha frequência nesse cantinho sempre foi de mais ou menos 2 posts por semana. 3, quando estou mais empolgada e verborrágica. Óbvio que essa frequência foi dançando durante esses 6 anos de casa e já fiz temporadas ~maiores~ de hiatos. Por ~maiores~ entenda 10 dias. Hoje são 10, só porque pensei no assunto. Seriam 15 no mínimo se eu não tivesse pensado. Amanhã eu viajo, volto segunda, com certeza não postarei nesse meio tempo.

15 dias. 14, pra ser mais exata. E isso pode não fazer diferença nenhuma na vida de vocês, mas faz na minha. Tenho medo. Medo de que essa minha rotina de postar no blog e ter assunto para isso e criar filosofias mirabolantes esteja começando a se acabar. Não quero. Isso tudo é tão parte da minha vida que não consigo pensar em não ter mais. E isso aqui é um desabafo de fim de ano/resolução de ano novo antecipado. Para 2013 pedi leveza. Para 2014, confiança. Para 2015 acho que peço fôlego. Fôlego e inspiração. A vida não pode parar.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Do que eles, fazendo, me ensinaram a não fazer

Uma vez li um texto da Gabriela Petrucci que nunca esqueci. Passei um tempo sem lembrar diretamente dele, mas acredito que o danado tenha ficado impregnado totalmente no meu subconsciente, de forma que volta e meia ele me martelava. Se você não clicou no link eu te conto o que me marcou ali: ela diz, basicamente, que foi vendo o pai dela ser de direita a vida inteira que ela aprendeu que a esquerda era a melhor saída.

Não precisa sair correndo, juro que não vim falar de política, só peguei a essência do texto mesmo, a parte que me marcou: nossos pais estão aí para nos ensinar, afinal de contas, mesmo que seja o que não fazer.

Das coisas que aprendi com meu pai, a maior delas é a que mais me firma na pessoa que me tornei, e definirei isso parafraseando a Gabi: Foi sendo workaholic a vida toda que meu pai me ensinou que eu jamais deveria fazer isso.

Meu pai passou a vida toda querendo crescer – continua fazendo isso, inclusive. Deve trabalhar uma média de 10 horas por dia, porque saía de casa às 20h e chegava por volta disso. Uso os verbos no passado não porque ele tenha parado de sair e chegar – ele continua fazendo isso, só que em outra casa que não a minha, e isso não vem ao caso. Então, ele saía de casa às 8h e chegava às 20h. Colocando na balança 1 hora de almoço e 1 hora de trânsito pra ir e voltar, 10 horas por dia.

Meu pai dificilmente tem tempo pra gastar. Ele faz o que é útil. O que está programado. Passei 4 anos fazendo ginástica olímpica: ele nunca foi a uma apresentação, porque elas eram sempre por volta das cinco da tarde e ele de forma alguma cogitava reprogramar sua agenda para sair mais cedo um dia por ano – mesmo que fosse só para ver a apresentação e voltar.

Ele acha que licença maternidade é uma perda enorme de dinheiro para o mercado – isso porque é funcionário, e não dono de empresa. Ah sim, ele também diz que a licença paternidade não faz sentido: também pudera, nunca trocou uma fralda e nem embalou um neném para dormir.

Não fiz esse post para rechaçar o meu genitor não, embora esteja parecendo. Acho que criei consciência (ou nepotismo) o suficiente para conseguir não jogar toda essa carga em cima do meu pai e assumir que ele, essencialmente, é apenas mais um Homem (isso mesmo, com H maiúsculo) da década de 60.

Um homem que crescia para trabalhar, fazer a máquina do mundo girar, levar dinheiro pra casa, não se importar com coisas frívolas como as apresentações de escola dos filhos, não saber onde fica o detergente e muito provavelmente proclamar com orgulho que nunca aprendeu a fritar um ovo. Ele e minha mãe viveram 25 anos assim, muito que bem, amém e essa dinâmica sempre funcionou muito bem e obrigada lá em casa.

Depois do jantar ele desligava a televisão se eu estivesse com dúvidas em matemática, e passou alguns domingos me ajudando a decorar o mapa do Brasil inteiro. Que eu me lembre, nunca tirei menos que 10 nos ditados de estados e capitais que a professora fazia. Nunca fez cara feia para me ajudar quando eu tinha dúvidas na lição – mas se, atipicamente, eu demorasse demais a entender, ouvia alguns gritos. Para me ajudar a “ser perfeita” ele geralmente estava disponível, com bastante carinho. Para brincar, de vez em quando, também estava. Tenho muitas partidas de banco imobiliário na memória e olha que nem vou falar das horas de vídeo-game aos domingos.  

Não vim aqui, repito, para apontar o dedo na cara do meu pai – como a Gabriela também não o fez. Gosto muito dele, tenho muitas memórias boas da infância e acredito que (embora agora seja mais potencialmente mais difícil) ainda tenhamos um tanto de caminhos para construir juntos. Só quis escrever um texto que deixasse bem claro (mais para mim do que para qualquer um, já que ele está confuso pra caramba) que talvez a coisa de maior importância que podemos aprender com nossos pais seja que não devemos fazer sempre igual a eles. Que eles podem sim ser nossos heróis, mas que não estarão sempre certos, e que nosso papel de filhos é justamente o de aprender a se desvencilhar disso.

A coisa mais importante do mundo nunca foi trabalho, pai.  Trabalho é aquilo que fazemos (por amor ou necessidade) durante uma carga horária definida por semana, e que podemos (e devemos) adaptar com a nossa vida pessoal, sem nos tornarmos menores, menos capazes ou menos responsáveis por causa disso.

As melhores empresas para se trabalhar hoje em dia – veja, o mundo está descobrindo isso também – são as que lembram que seus funcionários são humanos, e não robôs. São as que nos dão folga no dia da colação de grau (e ainda mandam buquê de flores na nossa casa). São as que não te veem com maus olhos se seu filho está doente e você precisa faltar; são as que cogitam inaugurar uma pequena creche para que você fique mais tranquila ao voltar de licença maternidade trazendo seu filho junto; são as que te deixam reagendar seu horário para você fazer uma viagem de 2 dias que vai te fazer muito feliz – mesmo que ela seja no meio de maio.

Isso aí significa que o mundo está descobrindo que trabalhar não é o mais importante. A vida vem antes, sempre deve vir. Você, pai, deve ter certeza de que é um cara completo e muito bem sucedido. A questão sou eu – que não quis fazer direito, como você queria: se eu, aos quase 50, tiver uma vida financeira bem estabelecida e um bom cargo de concurso em um cargo público posso até estar feliz – mas só e somente só se eu tiver ido a todas as apresentações de escola dos meus filhos, feito algumas viagenzinhas pequenas no meio de maio e agosto, e continuar com a certeza de que trabalho é o caminho; o meio, e não o troféu; de que na vida a gente trabalha para viver, e não o contrário – e que isso não glorifica menos o trabalho e nem nos faz menos importantes no mundo.