quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Todo mundo adora uma história de amor (3 e 4)

Parte 3: O dia em que eu fui pedida em casamento pelo Tinder

Com o match do meu (até então futuro) mocinho em mãos (e mais uns dois ou três sem importância), eu e as meninas acabamos desencanando do momento e largando o aplicativo para foliar de outras maneiras. Fomos comer hambúrguer, falamos da vida e depois continuamos comendo jujuba e rolando de rir no chão do quarto. Dormimos.

Quando eu acordei, um dos outros matchs tinha me dado bom dia. Respondi e, confesso, acabamos papeando por uma boa parte do dia. Era um papo normal com aquelas dosezinhas de paquera perdida de um lado para o outro. Passarinha estava no trabalho, sendo atualizada de cada passo. O engraçado era que ela sabia desde antes de mim que não era ali a graça, porque insistia em repetir: - Tá bom amiga, tá legalzinho esse papo mas vai falar com o outro, vai. Ele é de humanas. 

Eu, que com nem um pouco de orgulho assumo que não sou do time das que tomam atitude, só respondia para ela que não ia falar com ninguém, que se o cara de humanas quisesse ele viria falar comigo. Eram mais ou menos 17h quando, do nada, a janelinha do aplicativo piscou de novo. Era o cara de humanas e ele dizia: - Não tira o batom vermelho.

Fiquei tão nervosa quando ele falou comigo que não sabia nem o que fazer. Quem me conhece sabe que eu mal consigo lidar com a ideia de flertar com UMA pessoa, imagina com duas ao mesmo tempo. Respirei fundo, aproveitei que a deixa da conversa tinha sido engraçada (e de humanas!) e respondi, dando risada, que nem de batom vermelho eu estava, que homem não entendia mesmo de cor. Ele disse que eu estava sim, eu disse que não, não lembro o que mais falamos, a conversa parou.

Paloma chegou do trabalho e resolvemos que era interessante sentar no colchão de ar que estava no chão do quarto e tirar metade dos livros da estante para conversar sobre eles. No meio disso eu comentei que o primeiro garoto tinha ido cochilar e que o garoto de humanas de que ela tanto tinha gostado tinha vindo falar comigo, mas a conversa não tinha rendido. Que sorte que ele é insistente.

Devia ser por volta das 19h30 quando, em meio a todos os livros que eu e Palo tínhamos espalhado pelo chão, o Tinder piscou de novo - e era ele, de novo, dessa vez perguntando algo como "mas e aí, como foi seu dia?". Desde então eu não sei direito o que aconteceu, mas em questão de vinte minutos eu tinha sido pedida em casamento E aceitado. Pouco tempo depois disso já tinhamos combinado morar na Austrália, ter uma tartaruga chamada Jaime e três filhos. Era o jogo de flerte menos assustador e mais engraçado que eu já tinha visto na vida. Passamos rapidinho para o whatsapp e de lá só saímos as 4h da manhã (juro) com um encontro marcado e absolutamente nenhuma ideia do que estava acontecendo. Falamos de tudo e de nada, ao mesmo tempo, por horas seguidas. Foi o melhor primeiro encontro da minha vida - e a gente nem tinha se encontrado ainda. Deixamos o encontro marcado para sexta-feira (e ainda era segunda), mas eu brinco até hoje que foi ali no quarto de Paloma, na Rua de Matacavalos, onde tudo aconteceu.

Um oferecimento de Machado de Assis

Parte 4: Ali naquela quarta-feira de setembro

Bom, agora preciso dar uma acelerada e dizer de uma vez que tudo o que aconteceu dali em diante foi ladeira acima. Adiantamos o encontro para quarta-feira porque não estávamos dando conta da situação. Eu tinha vontade de falar com aquele garoto o dia inteiro - e ele comigo. Pratos na mesa, nova data definida e lá fui eu acordar na quarta-feira com um iceberg dentro do estômago. Dado o meu histórico, o primeiro pensamento que deveria ter vindo na minha cabeça era a desistência - o que foi muito engraçado, porque apesar de todo o pânico (EU IA SAIR NO RIO DE JANEIRO COM UM "CARA DESCONHECIDO") eu nem cogitei cancelar os planos. Passei horas pendurada na orelha de Paloma (coitada) dizendo que ela tinha que ir junto de qualquer forma, enquanto ela reclamava que não queria empatar o coitado do garoto. No fim das contas, ficou combinado que ele levaria um amigo.

Durante o dia eu tentei viver normalmente e fazer a fina. Passei boa parte da tarde com Couthinha, terminei de ler um livro, visitei exposições, fiquei horas no jardim da Biblioteca Parque. Depois de tentar empurrar todos os receios para debaixo do tapete, de noite eu estava uma pilha de nervos. Lembro que tomei banho e me maquiei rapidinho depois ouvindo Ed Sheeran. Aí então eu e Palo saímos a pé e fomos caminhando pela Lapa até encontrar o tal do bar onde o date tinha sido marcado.

Eu podia dar uma enfeitada na história mas a verdade é que O BAR era um boteco de esquina MINÚSCULO com luzes apagadas e mesas de plástico pelo calçadão IGUALMENTE apagado. Perguntei onde ele estava e ele disse "preso no trânsito". Quando peguei o cardápio e vi que só tinha cerveja e dose de pinga para beber, olhei para a cara da Paloma em desespero. Ela disse que aquilo era um programa bem carioca, eu disse que então eu não era carioca o suficiente. Ela indicou outro lugar, passei a mudança de planos para ele no whats e seguimos a pé.

Com mais 5 minutinhos de caminhada chegamos ao novo bar, agora sim, um bar enorme e todo iluminado, com mesinhas de madeira e muitas outras coisas para beber. Achamos que tínhamos chegado primeiro e sentamos na primeira mesa - foi quando olhei o celular e ele disse que já estava numa mesa do outro lado do estabelecimento. Levantamos e nos encontramos no meio do caminho. Mais uma vez eu vou perder a chance de ser romântica para falar a verdade, e a verdade é que na hora eu estava TÃO nervosa que eu só consegui reparar que ele não tinha trazido amigo nenhum e que a Paloma não ia querer ficar. Tive mais ou menos 10 segundos para decidir se eu ficaria sem ela ou não (com um desconhecido (?)! no Rio de Janeiro!). Aí (agora brace yourselves porque serei romântica mesmo) eu olhei direito, finalmente, para o tal mocinho de humanas do Tinder e consegui falar para a Paloma, sem medo nenhum, que ela podia ir embora. Estava tudo bem.

E foi assim que eu vi que a vida colocou ele pra mim

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Todo mundo adora uma história de amor (2)

Parte 2: o império contra-ataca (?)

Já estávamos quase em outubro. Com "quase em outubro" vocês podem entender que é quase a época do ano em que eu, psicologicamente, jogo de vez a toalha: se as coisas não aconteceram até agora, não vão mais acontecer, vamos esperar janeiro e começar a ter esperança na vida de novo. Esse pensamento foi só mais um dos cuspes que eu dei no teto e caíram bem no meio da minha testa.

Pois então, estávamos quase em outubro e eu estava ~de férias~ na casa de menina Passarinha. Viajei para lá num sábado, e se vocês vissem o meu astral na sexta-feira de noite arrumando as malas diriam que era melhor não voar daquele jeito: as bad vibes poderiam pesar no avião. Não que eu não estivesse animada para ouvir Riri no RiR e amassar minhas amigas, mas aquela famosa penetra da vida alheia conhecida por aí como Darkness, the old friend tinha pintado na área e com força. Meu emocional estava tão derrubado que eu falei um dia antes com minha anfitriã pelo whatsapp combinando de passarmos a noite de sábado todinha em casa, comendo pizza em cima do tapete, chorando nossas mágoas juntas e ouvindo Sandy. Ela prontamente concordou.

Acabou que depois que eu cheguei e encontrei com a amiga e com um sol maravilhoso minhas energias já deram uma renovada. Quando foi de noite, estávamos direitinho cumprindo nossos planos: tinha Sandy e tinha a gente jogadas no tapete. Acontece na frente do prédio dela tem um boteco e neste boteco eles fritam batata frita o dia inteiro, de modo que na décima vez que aquele cheiro de fritura com óleo duvidoso entrou pela janela bem na nossa cara eu decidi que estava vencida: - Amiga eu sei que os planos eram passar a noite toda chorando em casa mas pelo amor de Deus podemos levantar rapidão e ir comer batata frita? Fomos.

Clima de suspense

Sinto decepcionar a esperança (?) de vocês com essa fábula do "não-queria-sair-mas-acabei-saindo-e-encontrei-o-amor-da-minha-vida-neste-dia" porque não foi ali não. Ali a gente só sentou, papeou e comeu muita batata-frita mesmo. O que rolou é que a essa altura eu já nem lembrava direito da darkness e estava quase bem. Essa história aí em cima foi só pra explicar que estava tudo meio torto mas que depois de um dia mais felizinho em terras cariocas eu resolvi que talvez desse sim para voltar a rebolar minha bunda (?) na cara da sociedade; que talvez o império pudesse, de fato, contra-atacar*

No dia seguinte os planos eram acordar num horário razoável, tomar café da manhã no Forte de Copacabana, passar a tarde na praia e terminar o dia, tão carioca, passeando na escadaria Selarón. E foi exatamente tudo isso aí que nós fizemos, acabando, sei lá, às quase 19h, rolando de rir no chão de casa, de biquini, até a hora que eu, sem nada na cabeça, proclamei que a bad tinha passado e que eu tinha visto cariocas belos demais para não tentar apagar fogueira com álcool: - Amiga, vou baixar o Tinder, não tenho nada a perder mesmo.

Nesse cenário ainda havia Letícia, uma personagem importante da história, flatmate de Paloma, que pregava aos quatro cantos que tinha conhecido o namorado pelo famigerado aplicativo e estava completamente apaixonada. Eu só ri, disse que histórias de amor eram raras demais e que se rolassem uns beijinhos com um carioca gato que eu nunca mais visse já estava bom para mim e ainda renderia um causo engraçado para contar para os netos. Baixei. Um tempinho depois, após MUITOS perfis com fotos duvidosíssimas do aparelho sexual masculino e/ou de casais propondo menáge, apareceu uma foto masculina muito interessante.

PAUSA: Alguém mais acha que os homens são prejudicadíssimos no quesito selfie? Porque assim, a gente faz folia, faz uns biquinhos, um sorrisos, ajeita o cabelinho e bate a foto, tá todo mundo acostumado com as nossas selfies. Agora, selfie masculina é um assunto muito delicado. Entre 200 a gente salva, sei lá, uma. A foto dele era tão boa que nem era uma selfie. DESPAUSA.

Então, a foto dele era bela, mas não era óbvia. Era meio conceitual, dessas intrigantes. Parecia um sorriso, mas a mão, que ele estava mexendo no momento, passava meio embaçada na frente da boca. Enfim, com base nesta descrição vocês imaginaram uma foto muito da mal montada com a intenção de parecer espontânea, mas não. É uma foto BELA. E espontânea de verdade. No fim das contas era quase tão subjetiva a ponto de não me convencer. Entrei no perfil, dei uma olhadas nas outras imagens disponíveis, passei o celular para a avaliação das coleguinhas presentes que rapidamente disseram: AMIGA DÁ LIKE, ELE É DE HUMANAS! OS INTERESSES EM COMUM ENTRE VOCÊS SÃO A CAPITOLINA E O BERLIN ART PARASITES!

Depois de uma opinião tão efusiva peguei correndo o celular de volta e foi ali que eu reparei, novamente, na foto de perfil. Além de todo o resto ele estava usando AQUELA camiseta da Chico Rei com o trecho de Capitu, a dos olhos de cigana, sabe? Então. Era um menino bonito, aparentemente de humanas, usando uma camiseta com meu trecho favorito de Dom Casmurro (eu sei que eu sou clichê). Dei o like - e na mesma hora pulou um IT'S A MATCH na minha tela.


*Vejam vocês que o mocinho dessa história é um grande fã de Star Wars, de modo que, no meu último post, ele deu a ideia de que os subtítulos fossem os nomes dos filmes da série. Achei que se algum dos textos combinasse com algum dos títulos eu poderia fazer a felicidade dele e não é que essa história de estar na bad mas resolver reviver podia calhar com um império contra-atacando? Eu sei, a metáfora é infame - mas eu fiquei orgulhosa e ele vai ficar feliz.

sábado, 23 de janeiro de 2016

Todo mundo adora uma história de amor

Parte 1: long story short do que veio antes

Uma coisa importante que vocês já devem saber sobre mim é que eu passei a infância inteira assistindo filmes da Disney - e uma boa parte da adolescência dividida entre as comédias românticas e livros que descreviam belíssimas histórias de amor. Não sei o que essa avalanche de utopia faz com a cabeça das pessoas normais, mas acho que sei bem o que fez com a minha.


Foram infinitas noites em claro, das sonhadoras às desesperadas: tinha hora que eu imaginava o cenário perfeito do primeiro encontro e hora que eu tinha certeza que nada nunca aconteceria comigo e eu ia acabar morrendo seca. É, acho que também assisti novelas de época demais durante a trajetória.

Outra curiosidade aleatória é que, quando eu era pequena, tinha em mente que os 16 anos seriam um marco. Sempre que eu me imaginava no auge da minha adolescência, tendo longos cabelos lisos, unhas compridas e um namorado bonitão, isso acontecia aos 16. Pois bem, os 16 vieram, passaram, me deixaram comendo fumaça e nada de história de amor.


Ainda outra coisa que vocês podem aprender sobre mim é que eu levo tudo a sério demais. Eu não sei "ter um casinho". Se eu conhecia alguém que eu achava interessante, antes mesmo do ser humano perceber a minha presença eu já estava testando se nossos sobrenomes combinavam com os nomes que eu sempre planejei para os meus filhos. Nunca consegui experienciar isso que as pessoas chamam de se divertir com os errados. Eu ficava com alguém. Ficava uma. Ficava duas. Ficava três vezes no máximo e já estava querendo escalar o Everest só para fugir da enrascada que era insistir em ficar com um garoto que não estava fazendo a minha vida virar de ponta cabeça ou o meu coração querer sair pela boca. Eu sou assim. E passei anos achando que tinha vindo com defeito de fabricação.

Fui achando algumas amigas no meio dessa caminhada que entendiam exatamente o que eu sentia porque, pasmem, sentiam a mesma coisa. Então pelo menos eu não era a única - não que fosse legal pensar nas amigas sentindo os mesmos desesperos e a mesma vontade de fugir para as colinas. No início de 2015 acabou caindo nas minhas mãos o livro Never Have I Ever, a autobiografia de uma moça de 25 anos que nunca tinha tido um namorado, ou melhor, nunca tinha conseguido passar nem do segundo encontro. Eu ria e chorava ao mesmo tempo enquanto lia: gente, pessoas assim, elas existem.

Me conformei abraçada com Katie, a autora, logo no prólogo: tem pessoas que são farol, tem outras que são triângulos das bermudas. Na concepção dela, os faróis são aqueles seres humanos que são sempre vistos, sempre cortejados, sabem flertar e estão, curiosamente, SEMPRE namorando. Na minha cabeça essas pessoas sempre foram um mito a ser desvendado. Eu olhava para uma prima minha ou para uma das minhas amigas que sempre emendava um namoro no outro e ficava pensando: MAS COMO. Assim, se eu, em todos esses anos, estava achando tarefa impossível achar UMA pessoa, como é que elas conseguiam tantas? Fica o mistério no ar.


Pois bem, voltando à definição dela, à parte dos faróis está a categoria na qual eu me encaixo: os não tão famigerados Triângulos das Bermudas. Segundo Katie os triângulos das bermudas são os locais aos quais nenhum navegador consegue/quer chegar. Com isso, acaba que quando algum desavisado chega ali por acidente o triângulo não faz a menor ideia do que fazer com a visita inesperada, reagindo de forma inapropriada e estragando tudo. Sempre. No fim das contas ela deixa no ar uma mensagem de esperança, para ela mesma e seus possíveis leitores triangulares: um dia vai, né? Tem que ir. Tem horas que é fácil acreditar nela. Tem horas que é difícil. Até que de repente, de fato, vai, e você, quase sem fôlego, nem consegue explicar direito como as coisas aconteceram. Mas vou tentar.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Maria vai com as outras

Eu já contei que eu sou facilmente impressionável e influenciável, né? Quero dizer, calma. Tudo tem limite. Minha mãe me falou a vida inteira que eu não era todo mundo quando eu pedia para fazer algo que todo mundo fazia e eu até guardei isso no íntimo do meu ser para usar em casos mais graves. Não tenho vontade de fazer tudo o que ~todo mundo faz~, mas quando a bobagem provavelmente não vai me render consequências sérias e as minhas amigas começam a entrar na onda fica meio irresistível.

Foi assim que a mais ou menos 2 horas atrás eu li o post da Anna Vitória falando sobre newsletters e divulgando que tinha criado uma que deu a louca nas migas e resolvemos sair criando newsletters adoidadas. Nem sei o que eu vou falar. Nem sei qual vai ser a periodicidade. Mal estou conseguindo manter esse blog, mas aparentemente folia errada é meu nome do meio e eu não podia ficar de fora dessa.

Pra que serve uma newsletter? Do que ela se alimenta? Bem, juro que a Anna explicou melhor lá no post dela, mas vou resumir ao meu entendimento: para contar causos, problematizar e discutir sobre as aleatoriedades da vida sem a pompa de estar escrevendo em público na internet. Continua sendo público? Razoavelmente, mas a pessoa que assinar recebe a asneira bonitinha lá no e-mail dela (ainda por cima é vintage!) ao invés dela ficar piscando em neon na cara da sociedade em uma página aberta do blog que todo mundo pode acessar a hora que quiser. Pelo menos eu acho.

É quase como trocar cartinhas!

Aviso de antemão que a linha editorial será quase a mesma que a desse recanto virtual semi-abandonado: nenhuma. Vou falar sobre o que me der na telha. Inclusive, como eu sou péssima para criar títulos, fiquei mais de 40 minutos pensando em um e no fim das contas decidi, meio mal humorada, que era bacana ela ter o nome que refletisse da forma mais clichê possível o seu próprio conteúdo. Migas, migos, sejam bem vindos à Me deu na telha. Pretendo falar umas bobagens a cada quinze dias; se eu estiver inspirada vocês começam a receber notícias semana que vem. Vamos ver se o ishquema realmente funciona. Alguém aqui ainda gosta de receber e-mail?

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

E esse ano que tá voando?

Parece que foi ontem que pulamos ondinhas vendo os fogos e olha aqui de repente já é fim de janeiro tô brincando. É que ainda não ouvi nenhum comentário sobre a suposta velocidade com a qual o novo ano está passando mas pouco falta né? Com carnaval logo no comecinho do ano então parece que tudo passa mais rápido e em questão de alguns minutos vai ter alguém dizendo que “já passou a páscoa meu Deus já estamos no fim do ano!!!”.

Como este blog é contra essa ideia de começar a se despedir do ano antes de, sei lá, novembro, vim contar que eu vi sim cada um desses 19 dias e meio se passarem. Alguns com mais agitação, outros com menos, mas quem foi que disse que passar a tarde assistindo seriado não é viver?


Os primeiros cinco dias passei, como de praxe, flanando na cidade natal (mais conhecida por aí como Vitória) mas segurei o boy comigo porque não sou besta. Na verdade desde antes de a gente começar a namorar oficialmente já tínhamos decidido que íamos passar o réveillon juntos (toda aquela história de que você vai passar o ano do jeito que passou a virada e blablabla queria meu bichinho pra beijar à meia noite mesmo porque sou dessas) e deu tempo até de levar o menino para conhecer os parente no interioR. Brincadeiras a parte, rolou muito sorvete, uma banho de piscina, um de mar e mais um punhado de tempo deitados na frente do ventilador assistindo seriado (e dando uma lidinha também porque eu não sou de ferro).

De 4 ele voltou pro Rio e dia 5 eu fui atrás. Foram mais sete dias muito gostosos – teve mais seriado, teve pizza, teve piscina, teve um filme ruim de Disney (O Bom Dinossauro, sugiro que evitem), teve até um domingão em Ipanema com direito a Couth e Passarinha e teve muito ninho, amor e grude. Foi tanto que deixou até ressaquinha: dia 12 de janeiro eu voltei pra casa e parecia que estava faltando um pedaço. Já seria tão ruim dormir sem a minha conchinha que o universo resolveu dificultar ainda mais e mandar um nariz entupido que eu achei que seria passageiro mas até hoje me restam resquícios.

Arraso no Paint

Como nem só de saudades sobrevive um ser humano, eu mal tinha esquentado lugar nas terras curitibanas e no dia seguinte à minha chegada estava novamente no aeroporto – dessa vez para resgatar Anna Vitória e nossos prometidos dias de emergency dance parties  de janeiro. Como ela mesma disse lá no blog dela, é muito bom quando nossos planos aleatórios acabam se tornando reais e durante esses quatro dias a gente aproveitou bastante do nosso jeitinho: teve Friends, teve livro, teve gravação de vídeo e teve jogo de Charadas. A gente até conseguiu sair pra dançar no sábado (na base do Tylenol Sinus) mas não foi o sol de domingo que vimos nascer – às vezes rola de ver o dia raiar da pista de dança, às vezes é de dentro do quarto mesmo. De sexta pra sábado a gente conversou tanto, jogou tanto e riu tanto que de repente o quarto estava claro e a gente estava ali.

Domingo ela foi embora e se vocês pensam que se despedir do namorado e da melhor amiga na mesma semana é fácil vocês estão enganados. Fiquei empurrando a vontade de chorar até de noite porque entre as 15h e o fim do dia eu ainda tinha um aniversário super especial parar ir. Foi belo, deu pra comemorar, mas era perto de 21h quando consegui sair à francesa, chegar em casa e dar uma boa chorada. Alguns fatores ajudaram porque de vez em quando acontecem coisas, mas o que importa é que tudo está bem quando acaba bem.

De domingo até hoje, confesso, só senti saudade, assisti seriado, assisti novela, assisti Big Brother , assisti o RIP da minha vida de blogueira quando ninguém comentava meu último post e terminei um bom livro. Foi um punhado de aventuras em 19 dias e meio, vai dizer?

sábado, 16 de janeiro de 2016

Aquele com o vídeo sobre Friends

Hoje já é o 16º dia de 2016 e nenhum texto foi postado nesse blog ainda mas, vejam bem, como quase tudo na vida tem solução eu resolvi aparecer em grande estilo: com uma ótima dupla e falando sobre aquele assunto eterno que vocês já devem ter captado pelo título do post. Peguem a pipoca, se aprocheguem (e eventualmente continuem o diálogo porque a gente tá carente).

Eu sei que já não adianta prometer que EU VOLTO e volto direito, com texto bom e coisas do tipo, mas quem sabe os astros não se alinham qualquer dia desses e as coisas comecem a acontecer novamente? Cruzemos os dedinhos. Enquanto isso deem um pouco de risada com a nossa falta de dignidade.